Renascentismo Psicodélico

O texto abaixo é uma tradução e adaptação do discurso de Jason Silva no vídeo “Drugs As Tools For Spirituality”.

AMBIENTE E ESTADO: A EXPERIÊNCIA PSICODÉLICA

“O programa é como um mapa de viagem, uma série de dados que, assim como o rádio de um piloto, transmite as informações básicas de orientação necessárias para a viagem.” – Timothy Leary

Há uma fascinante organização chamada MAPS, traduzida como Associação Multidisciplinar para Estudos Psicodélicos. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos que advoga pela pesquisa responsável de psicodélicos químicos e naturais e pela exploração de seu potencial como ferramenta de transformação interpessoal.

E isso combina com o momento que estamos vivendo hoje. Atualmente, estamos passando por uma espécie de “renascentismo psicodélico”, uma fase em que, de repente, as pessoas estão começando a levar um pouco mais a sério essas ferramentas e tecnologias cognitivas que já são usadas há milhares de anos. Nós estamos deixando de ser alarmistas e, em vez disso, estamos dando mais atenção e de fato estudando o potencial dessas ferramentas.

Existe um livro escrito pelo neurocientista Timothy Leary nos anos 60 chamado “A Experiência Psicodélica”. A ideia que ele e seus colegas apresentam é que se você padronizar e sequenciar os estimulos que o usuário recebe durante a odisseia psicodélica, você pode literalmente estabelecer qual será sua reação. Você pode praticamente garantir uma catarse funcional, conferindo um resultado valioso e eficiente à sessão.

Leary descreve a experiência psicodélica como um período de reação intensificada a estimulos, seja de dentro ou de fora, o que significa que você está diretamente conectado ao seu próprio subconsciente. Isso faz com que coisas novas comecem a surgir e novos padrões possam ser percebidos. Ao mesmo tempo, o mundo se torna como um ambiente com “sensurround system”, em que a fidelidade e a resolução do que você vê, ouve e sente fica mais potente.

Com isso, você é completamente envolvido pelos estímulos que você recebe. Você se sente como uma mente em pleno voo. Você se sente na órbita espacial. Você vê tudo.

Mas você precisa ter as coordenadas para poder viajar. Você deve organizar esses estimulos, cuidadosamente escolhendo belas músicas, selecionando poesias excepcionais e devaneios inspiradores para ler durante a sessão. Você tem que controlar o ambiente e se cercar de pessoas que te fazem se sentir bem. Ao fazer tudo isso, você está compondo sua própria música, roteirizando sua viagem pela própria alma.

As pessoas que entram nesse estado mental são conhecidas como psiconautas. Eles literalmente viajam pela própria mente, investigando sua psique em primeira pessoa.

E há todo tipo de resposta que você pode encontrar internamente. Há todo tipo de lugar que podemos explorar. O novo espaço sideral é o espaço mental. Um universo onde podemos investigar mais profundamente nossos mistérios, explorar os santuários sagrados que temos em nós. Com esses coqueteis de tecnologia química que empurram nossos corpos e mentes até a fronteiras inexploráveis, nós podemos psicanalizar nossos próprios cérebros e arquitetar sonhos iguais aos do filme A Origem para poder interagir.

E as tecnologias para isso não são externas. Algumas delas atuam dentro de nós. Computadores são drogas, mas drogas são computadores.

Deveríamos ser abertos a esse tipo de coisa, porque isso é absolutamente fascinante.

Clique aqui para saber mais sobre MAPS, Associação Multidisciplinar para Estudos Psicodélicos. Site em inglês.

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